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Mateus Castanho Beltramin
Um intercâmbio pela França
Por: Susi Cristo
Publicado em: quarta, 11 de setembro de 2024 às 13:45h
Atualizado em: quarta, 11 de setembro de 2024 às 13:51h

Um verso de um poema de Fiona Apple diz “if you know where you stand, then you know where to land and if you fall it won't matter, cuz you'll know that you're right” (se você sabe o teu lugar, você sabe onde aterrizar, então se você cair não tem problema, porque você sabe que estava certo). E foi assim, em busca dos seus sonhos, sabendo o seu lugar e onde pode chegar, que o frederiquense Mateus Castanho Beltramin, de apenas 23 anos, ficará até agosto de 2025 na França, em uma experiência incrível, por meio de um intercâmbio no Insa Rouen, pelo projeto Brafitec.
– O Brafitec é uma parceria entre o Brasil e a França nas áreas de tecnologia. Aqui estou recebendo bolsa do governo pela Capes. Sou estudante de Engenharia Aeroespacial na UFSC, campus de Joinville (SC), e até agosto de 2025 estarei residindo na cidade francesa de Rouen. Vou cursar o quinto ano de Engenharia Energética e de Propulsão; são seis meses estudando e seis meses de estágio – conta.

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O sonho 
Mateus diz que sempre teve o sonho de conhecer a França, inclusive já estava em preparação. “A França é o centro cultural e artístico do mundo. Desde sempre, sonhei em conhecer o país, inclusive, já estudava francês há alguns anos. Além disso, é um dos países que mais atuam na Agência Espacial Europeia e sede de grandes empresas, como Airbus e Ariane. Em 2009, um intercambista italiano passou seis meses na minha casa, em FW, e a partir daí comecei a sonhar com a idealização do intercâmbio. Na Engenharia Aeroespacial, um intercâmbio é muito bom, porque a área ainda é nova no Brasil e está começando a se desenvolver agora. Já em países mais desenvolvidos, a tecnologia é mais avançada e conta muito para o currículo”, explica Mateus.

Apoio da família
Para que Mateus esteja sempre em busca da realização dos seus projetos, o apoio dos pais, João Everaldo Beltramin e Janine Borella Castanho Beltramin, é fundamental. “Meus pais sempre apoiaram minhas decisões. Mesmo sendo filho único, eles nunca tentaram me fazer ficar por perto, me incentivam e aconselham. Já fazem três anos que moro fora de casa, então já estou acostumado com isso. Sempre foi um sonho muito grande vir para a França estudar, e a única coisa que consigo pensar nesse momento é que eu finalmente consegui; ainda estou maravilhado com tudo. Mas sei que meus pais estão felizes por mim, porque me disseram que eu posso voar para qualquer lugar e, se precisar voltar, eles estarão lá. Em breve, como eles gostam muito de viajar, estarão aqui, pois já estamos planejando a visita deles”, frisa o intercambista.

Os planos
Aproveitar ao máximo essa experiência. Esse é o plano no momento do Mateus antes de voltar ao Brasil. “Quero aproveitar ao máximo. Aprender ao máximo, mas também me divertir muito. Quando terminar o intercâmbio, tenho que voltar para o Brasil para terminar a graduação, mas acredito que vão aparecer muitas oportunidades a partir de agora, e eu quero aproveitar todas elas. Não tenho nada específico planejado, porque acho que isso limitaria meus horizontes. Acredito que quando a gente quer muito uma coisa só, a gente se fecha para as outras oportunidades que aparecem. Sei onde quero chegar, mas não conheço o caminho, então vivo o momento. Por hora, meu maior projeto é conseguir voltar pra França depois que terminar a graduação no Brasil.
Também deixo a mensagem de que você não precisa ter pressa para realizar os seus projetos e não pode desistir depois do primeiro não. Não existe idade certa para nada, então se não aconteceu nos 20 anos, tenta nos 30, nos 40...”, finaliza.

Fonte: Jornal O Alto Uruguai