Publicidade
Senatran
Mais da metade dos proprietários de motocicleta não tem habilitação
Pesquisa foi divulgada pela Secretaria Nacional de Trânsito
Por: Susi Cristo
Publicado em: terça, 10 de setembro de 2024 às 14:57h
Atualizado em: terça, 10 de setembro de 2024 às 15:01h

Uma pesquisa realizada pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) mostra que mais da metade dos donos de motocicletas no país não tem habilitação para a categoria, que atualmente representa 28% do total da frota nacional de veículos no Brasil.
Segundo o estudo, divulgado nesta segunda-feira, 9, dos 32,5 milhões de proprietários de motos, motonetas e ciclomotores registrados – 17,5 milhões –, o que equivale a 53,8% do total, não possuem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) válida para conduzir esses veículos.
De acordo com a Senatran, os resultados podem ser explicados, entre outros fatores, pelo custo acessível do veículo, pelo crescimento de negócios com veículos compartilhados, pelo aluguel de motocicletas ou motonetas, e pela dificuldade de acesso à CNH por parte da população.
Os homens representam 80% dos proprietários de motocicletas, com a maioria dos proprietários na faixa etária de 40 a 49 anos, seguida por aqueles de 50 a 59 anos. Entre os que possuem habilitação, a maioria está na faixa etária de 30 a 39 anos.
O estudo mostra, ainda, que mais de 80% das multas estão associadas à não utilização ou uso inadequado dos equipamentos de segurança pelos motoristas ou passageiros – como o não uso de capacete, que responde por cerca de 43% delas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de capacete é fundamental para proteger os motociclistas e passageiros, podendo reduzir o risco de morte em 37% e de lesões graves na cabeça em cerca de 69%.
Outro dado do estudo está relacionado à participação de motocicletas em acidentes. Os dados revelam que esses veículos respondem a pelo menos 25% dos sinistros e a mais de 30% das fatalidades no trânsito.
Estes dados, segundo a Senatran, reforçam a necessidade de criação e do cumprimento de políticas públicas e estratégias de mobilidade adaptadas para abordar a segurança viária, promovendo um trânsito mais seguro para todos os condutores, especialmente os de motocicletas, motonetas e ciclomotores.
 

Publicidade
Fonte: Jornal O Alto Uruguai