Você já ouviu falar sobre comunicação não violenta (CNV)? Não se trata de um modelo ou regra para comunicar, mas da importância da qualidade de conexão com as pessoas, de fortalecer relacionamentos, escutar e respeitar os próprios sentimentos, sem causar dor ou mágoa em si ou nos outros. O conceito foi criado pelo psicólogo americano Marshall Bertram Rosenberg, no seu livro “Comunicação não violenta: técnicas para apurar relacionamentos pessoais e profissionais”.
Em virtude da área de atuação, Kelly Carvalho, que é advogada familiarista sistêmica e mediadora judicial, vem aprofundando estudos sobre a CNV, além de viver não só uma transformação como também uma jornada em que compartilha esse conhecimento em Frederico Westphalen e região.
– Como profissional, testemunhei os desafios emocionais e as complexidades das relações familiares em conflito. Buscando alternativas à litigância judicial, concentrei-me em desenvolver habilidades de mediação e resolução de conflitos baseadas no diálogo, na escuta ativa e na humanização das relações. Foi durante essa jornada que me aprofundei no estudo das soft skills, reconhecendo na comunicação não violenta uma poderosa ferramenta de transformação pessoal e social – conta Kelly.
Como adotar a CNV nas relações
Dedicação e constância são fundamentais para adotar a CNV na prática, nas relações familiares, de trabalho ou entre amigos. É importante que o modo de comunicar seja assertivo e empático. “A forma como nos expressamos influencia significativamente a qualidade de nossos relacionamentos, fortalecendo a confiança e o entendimento mútuo. Além disso, uma comunicação clara e objetiva, com base na CNV, contribui na resolução eficaz de conflitos, promovendo a harmonia e a colaboração em diversos contextos”, acrescenta.
CNV e as crianças
Para as crianças, a CNV deve ser ensinada desde cedo, pois é uma ferramenta importante para criar uma comunicação positiva entre pais e filhos, além de fortalecer vínculos entre os pequenos e as pessoas ao seu redor, incluindo familiares, amigos e professores. “Este processo é essencial para equipar as crianças com habilidades fundamentais de comunicação e relacionamento. Aprender a expressar-se de forma respeitosa e empática desde cedo estabelece as bases para relações saudáveis e construtivas ao longo da vida. Nesta jornada, as crianças adquirem as ferramentas necessárias para enfrentar conflitos, cultivar empatia e fortalecer laços interpessoais de forma positiva”, completa Kelly.