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Safra de Inverno 2024
RS deve produzir mais de quatro milhões de toneladas de trigo
Aumento é de 55,27% em relação à safra do ano de 2023
Por: Susi Cristo
Publicado em: terça, 02 de julho de 2024 às 10:31h
Atualizado em: terça, 02 de julho de 2024 às 10:50h

Os dados que compõem a estimativa do Informativo Conjuntural, apresentado pela Emater/RS-Ascar na última semana, estimam que o Rio Grande do Sul deve produzir 4.068.852 toneladas de trigo na Safra de Inverno 2024, o que representa um aumento de 55,27% em relação à safra frustrada de 2023, que totalizou 2.620.493 toneladas (IBGE). 
A área cultivada de trigo está projetada em 1.312.488 hectares, em 407 municípios, sendo 12,84% inferior à área de 2023, que foi de 1.505.807 (IBGE), conforme ressaltou o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera. Essa redução na área de plantio, segundo ele, é justificada pelos baixos preços do cereal, pelos riscos climáticos e pela frustração econômica da última safra. 
Os dados da Emater/RS-Ascar ainda destacam que a produtividade prevista para o trigo é de 3.100 kg/ha, o que representa elevação de 77,04%, quando comparada aos 1.751 kg/ha obtidos na safra anterior (IBGE). Apesar das chuvas e do excesso de umidade no solo, o período é de semeadura do trigo e das culturas de inverno, como aveia branca, canola e cevada. No trigo, por exemplo, houve um baixo incremento na área semeada, estimada em 56% da projetada para o Estado.
A emergência do trigo não está uniforme em todas as lavouras, variando conforme o impacto e o volume das chuvas que ocorreram após a semeadura, destacam os profissionais que apresentaram os dados. Nas áreas com maiores volumes de precipitação, houve escorrimento superficial, carreando sementes e solos, além de acúmulo de terra sobre os sulcos de semeadura, o que provocou irregularidade no estande de plantas. Já as lavouras implantadas mais precocemente iniciaram a fase de perfilhamento e recebem tratos culturais, incluindo o controle de plantas invasoras e a adubação nitrogenada em cobertura.

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Culturas de verão
Soja - A colheita foi concluída. No Sul do Estado, cerca de 10% da área foi abandonada, resultando em produtividade aproximada de 1.500 kg/ha. Agora, após a conclusão da colheita, os produtores de soja buscam por créditos de custeio para a safra 2024/2025. A área cultivada no Estado está estimada em 6.681.716 hectares, e a média estadual de produtividade em 2.923 kg/ha.

Milho - A colheita foi encerrada na maior parte do Estado. Na Região Sul, as empresas cerealistas retomaram o recebimento do milho, após o encerramento da safra de soja. No entanto, as lavouras comerciais remanescentes são de pequena extensão, predominando cultivos em áreas de minifúndio, onde as espigas costumam ser mantidas nas plantas a campo para serem colhidas, quando houver disponibilidade de tempo ou necessidade de autoconsumo. A produtividade estadual está estimada em 5.966 kg/ha em área de cultivo de 812.795 hectares.

Os produtores de milho que encerraram a colheita priorizam a obtenção dos documentos necessários para o encaminhamento de projetos de custeio, para regularização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e para a renovação de contratos. Em função da elevação dos preços dos fertilizantes, há uma urgência na obtenção de recursos para a aquisição desses insumos, a fim de evitar custos maiores na implantação das lavouras. As plantas de cobertura que antecedem a semeadura da nova safra de milho se desenvolvem melhor, mas ainda apresentam baixa quantidade de massa verde.

Milho silagem - A colheita das lavouras destinadas à silagem está concluída. A área plantada no Estado está estimada em 348.549 hectares, e a produtividade em 32.368 kg/ha.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai