O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio do presidente, ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente, futuro presidente e todos os ex-presidentes, divulgou uma nota na segunda-feira, 2, em defesa das urnas eletrônicas, desde a constituição de 1988. No documento, o voto impresso, recorrentemente defendido pelo presidente Jair Bolsonaro e por aliados do governo, é classificado como um mecanismo inadequado para a segurança das eleições.
Ao longo dos seus 25 anos de existência, a urna eletrônica passou por diversos processos de modernização. “Desde 1996, quando da implementação do sistema de votação eletrônica, jamais se documentou qualquer episódio de fraude nas eleições”, diz a nota.
Por que mudar agora?
A discussão foi puxada pelo presidente Jair Bolsonaro, que acusa o modelo atualmente utilizado de não ser confiável e alega que houve fraudes na votação de 2018, a mesma em que ele se elegeu. Bolsonaro quer que, a partir da eleição presidencial de 2022, os números que cada eleitor digita na urna eletrônica sejam impressos e que os papéis sejam depositados de forma automática numa urna de acrílico. A ideia dele é que, em caso de acusação de fraude no sistema eletrônico, os votos em papel possam ser apurados manualmente.